terça-feira, 18 de novembro de 2008

A despedida


Ao fim de 3 meses, a aventura americana chegou ao fim.
Neste momento já me encontro em Lisboa há quase um mês e aos poucos a realidade portuguesa torna-se a minha outra vez. A actualização do blog foi nesta recta final bastante demorada,pois se por um lado tive alguns contratempos (o sacana do siso já saiu) por outro estava a engonhar porque não me apetecia fechar esta janela que tanto gozo me deu.
Escrever sempre escrevi, coisas para mim,coisas para a minha banda(www.myspace.com/chaimite),trabalhos de casa e cartas ao pai natal.
Nunca tinha era escrito algo para tanta gente ler,e se no inicio sabia que quem poderia acompanhar esta aventura seriam os meus amigos de sempre, com o passar do tempo apercebi-me que havia muito mais pessoas a ler do que eu poderia imaginar.
O que é estranho, mas bom ao mesmo tempo
Sempre foi a minha intenção que ao descrever o que fazia nos states, alguem que não tivesse a mesma sorte que eu,conseguisse viver tambem um bocadinho daquela realidade Tentei evitar um pouco a perspectiva do turista mas algumas vezes foi inevitável, não que eu tenha algo contra o turismo tradicional,mas simplesmente porque me fascina muito mais as vivências do que os monumentos
Vivi momentos muito bons e conheci pessoas muito boas, um abraço e um obrigado especial á malta do programa contacto de São Francisco, foi bom ser o estagiário honorário. Se a Bobone perguntar por mim digam que estou no stealth team, algures na américa do sul em missão.

Nunca poderei esquecer tambem os meus 3 companheiros de casa, a DCFD.
Telmo,Marcos e Ricardo, grandes gargalhadas demos nós ao longo destes 3 meses, boa onda e harmonia era o lema da casa, grelhem aí uns bifes do Lucky por mim, que eu aqui como um peixinho por vocês

Haverá um Só-em-Portugal?
Não sei
Quem sabe se o bichinho blogueiro não se manifesta outra vez...
Por enquanto estou sereno e feliz
Abraços e Beijos
Dany

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Vegas Baby

Não podia partir dos Estados Unidos sem ir a um dos sitios mais emblemáticos deste continente,Las Vegas, a capital do plastic fantastic,do excesso e do prazer

Muito já foi dito sobre Vegas,a sua história a conotação com o crime organizado,os hotéis maiores que a vida,as luzes,as limousines,as mulheres,álcool, jogo e Elvis,

Sobre a história não me vou debruçar muito porque também nao sei muito,apenas que Las Vegas é tipo Brasilia,imaginem um deserto imenso em que alguém pensou porque não construir aqui uma cidade.

Las Vegas teve o seu boom inicial associado a dois factores,o primeiro foi a sua proximidade com as áreas de testes nucleares nos desertos do nevada,é estranho pensar que nos anos 50 se promovia o turismo nuclear,pessoas vinham a esta zona só para poder assistir a explosões e os seus cogumelos,como se de mais um fenómeno natural ou espectáculo se tratasse

O segundo foi a visão de elementos do crime organizado americano,nevada é um estado com leis bem mais permissivas no que toca ao jogo e álcool, Las Vegas era um deserto esquecido,quase terra de ninguém,porque não criar aqui a mina de ouro longe das complicações e imposições das grandes cidades,quando nada existe quase tudo é possível

Estive em Las Vegas 3 noites e 3 dias,não foi tempo para descobrir qualquer vestígio da máfia,muito menos vi cogumelos nucleares mas sem dúvida que já deu para sentir o que é este sitio e quão distinto é da nossa realidade.

Desde pequenos que temos Las Vegas no nosso imaginário colectivo, filmes e tv nunca nos deixam esquece-la e semeiam o nosso desejo por ela. Sabemos que aquilo tudo é ridículo e que é coisa de americano,que é o excesso,que se enterram fortunas e que estamos bem melhores sentados a pensar no benfica e no euromilhões, no entanto o desejo não desaparece, sonhamos com aquela vida que nao é nossa,com aquela irrealidade de personagem de jet set, James Bond,uma loura ao lado e gorjetas a voar como sinal da nossa grandeza

Nós pensamos assim,os americanos são obcecados com isso

É cómico apercebermos-nos do efeito Vegas no americano comum, mencionar a palavra e a nossa intenção de irmos,provoca uma explosão de excitação, ouve-se urros de Vegas Uhuh,rapidamente saltam histórias de como aquilo é brutal e de como facilmente gastam 5000 dollares num fim de semana,invariavelmente fica-se com a ideia de que para eles existem duas férias de sonho, Hawaii em Lua de Mel e Las Vegas

Depois de lá chegar entendi porquê

Porque em Vegas os americanos podem ser crianças e adultos ao mesmo tempo.Podem ser crianças porque todos os caprichos podem ser correspondidos,todos os excessos permitidos sem moral castrante ou sentimento de culpa, a máxima what happens in vegas stays in vegas,apesar de comica tem um efeito realmente desculpabilizante e quando chegar a semana de trabalho a postura certinha voltou e nada se passou

Podem ser adultos porque durante o tempo que lá estão podem exercer o seu poder de bom senso,podem ser um bocadinho mais europeus.Aqui podem escolher beber na rua enquanto conversam,fumar um cigarro quando lhes apetece, podem jantar sem ser à hora do lanche,jogar até testar o seu limite e no geral serem um bocadinho mais livres.

Para ser sincero Las Vegas nada mais é do que uma grande avenida,a Las Vegas Blvd e denominada por The Strip.Ao longo da avenida vemos os maiores hotéis,a maior torre,os maiores neons,os maiores casinos,as maiores fontes,os maiores efeitos de luzes e som e as maiores replicas dos maiores monumentos do mundo que por sua vez se transformam em monumentos por mérito próprio,se é que isso faz sentido.

Las Vegas nada mais é que gastar dinheiro em quantidades que para nós parecem parvas,mas que passado um tempo parecem normais,é visitar os hoteis todos e comentar sobre os favoritos,é olhar para a extravagância dos outros e pensar que para a próxima a nossa vai ser ainda maior,é poder estar sempre a beber mesmo quando a bebida é uma lata de budweiser trazida do 7eleven para dentro de um hotel 5 estrelas.

Mas acima de tudo Las Vegas é mais do que a soma das partes,não se consegue explicar muito bem o seu fascinio,é talvez por ser fantasia e toda a gente gosta de sonhar

A viagem começou logo bem,nada melhor do que ir atrasado para o check in,4 tugas a correr que nem desalmados do comboio até à porta de embarque,espírito no máximo e as gargalhadas sempre presentes.À nossa espera já estava o resto da comitiva,éramos finalmente os 9 magníficos a caminho de Las Vegas,uma verdadeira equipa de 9 gajos prontos para um fim de semana de gajos, em Vegas,lol

A viagem correu sem incidentes tirando o barulho tipico de uma visita de estudo do 10ºano a Óbidos que ainda se intensificou mais quando uma das passageiras ainda com o avião em terra já estava de balde na mão pronta a vomitar,o que é sempre bom dentro de um espaço confinado de um avião low cost.

Toda a gente ficou a pensar que iamos para o casamento de um amigo e ninguém se importou com a nossa algazarra,ao fim ao cabo mais de metade do avião ia estar bêbado mal chegasse ao hotel,nós éramos apenas a festa que começou mais cedo

Do ar dá para ver perfeitamente que Vegas é uma cidade no meio do deserto,fiquei bastante surpreso com a sua extensão, aparentemente moradias para albergar toda a gente que trabalha na industria de jogo ocupam muito espaço

Mal aterrei fui o primeiro a colocar um dollar numa slot do aeroporto,ganhei 50 centimos e resgatei logo os ganhos, gastei logo ali a minha sorte de principiante mas pelo menos dei o mote

Como tugas que somos,fomos do aeroporto para o hotel, de autocarro,poupar poupar

No autocarro vê-se que nesta sociedade os transportes públicos existem apenas para os pobres e os portugueses forretas,mas pronto cumprem a sua missão apesar de que com uma organização estupida. Aviso desde já que o pior cancro de Vegas se chama Deuce e é o autocarro que percorre a Strip de uma ponta a outra, é lento, o sistema de bilhetes é uma bosta e o condutor é um chato do caraças, façam um favor a voces mesmos, em Vegas ou tem dinheiro para andar de táxi ou não vão.

chegados ao hotel foi altura de conhecer a maravilha que é o Circus Circus,um mastodonte com a temática do circo, em Vegas tudo tem a ver com a temática.

Não faço ideia de quem dos 9 magníficos escolheu o hotel e não interessa,foi o mais barato e consequentemente o pior de todos os hotéis da Strip, não que os quartos fossem maus mas é um hotel cheio de familias e crianças a correr,mexicanos a jogar slots,gordos a correr para o buffet,casino de luz dormediça e tectos baixos, alcatifa esbatida e uma constante sensação que tudo já tinha passado um pouco do prazo. É barato,dorme-se bem,até há uma máquina de gelo no corredor para os vodkas no quarto, mas não é glamour,não é estilo, não é beautiful people,em suma não é muito Vegas da fantasia,mas sim Vegas da segunda divisão

Era perfeito para nós, com a missão de fazer Vegas dentro de um budget

No primeiro dia fomos ver Fremont, que é a parte histórica de Vegas, os primeiros casinos

Fremont apesar de estar longe da glória entretanto roubada pelos mega hoteis da Strip ainda consegue ser bastante interessante, uma rua tipo rua augusta com casinos dos dois lados e com uma cobertura gigante unindo os telhados,cobertura essa que de noite se ilumina e providencia um espectáculo de luz e som memorável,quem sabe uma boa ideia para combater a desertificação da baixa de Lisboa à noite

Fomos a um dos casinos mais clássicos de Fremont, o Golden Nugget.

O Golden Nugget tem no seu interior uma piscina com escorrega que passa através de um aquário de tubarões, o tubo do escorrega é transparente logo escorregamos no meio de tubarões o que é brutal

Para 9 gajos cheios de calor,a piscina era sem dúvida o objectivo, o único problema é que era de uso exclusivo dos hospedes ou de acesso mediante o pagamento de 20 dollares,ou seja para nós estava criado um desafio

5 conseguiram entrar aproveitando um momento de distracção do segurança, os 4 restantes,eu incluído,penaram um pouco vendo os outros do outro lado do vidro,esperámos e esperámos e eventualmente acabámos todos por conseguir entrar, a minha desculpa foi que ia ter com o meu irmão eheh

Foi uma tarde bem passada,sempre a rir deitados ao sol e a nadar ao lado dos tubarões,o sentimento de ter dado a volta ao sistema tambem contribuiu para a boa disposição de todos

Quando o sol de pôs vimos o espectáculo da cobertura de Fremont Street e bazámos para o hotel, tomar banho e jantar, a noite de Vegas estava à nossa espera

Jantámos num dos restaurantes do hotel, rib eye steak all you can eat, ora bem o que fazer quando há uma refeição de bife publicitada como tudo o que conseguires comer?

Subverter o sistema e metade pedir uma sopa e a outra metade a refeição e partilhar tudo, os tugas e a sua classe J

Claro que deu um bocado barraca mas conseguimos todos comer,no final ficou quase ao mesmo preço do que se cada um tivesse comido uma refeição,mas pronto é uma questão de principio e as gargalhadas não tem preço

Não tínhamos grande plano para a noite,fomos andando para a Strip e parando nos hoteis para ver e jogar um pouco, e acabámos por decidir ir ao Pure, a disco do Caesar Palace.Na fila apercebemo-nos que eu e o Fred irmos de ténis não foi a melhor opção,o pessoal entrou e eu e o Marcos que ficou com os tenis do Fred,ficámos de fora,tínhamos um plano

O plano era simples,eles tinham que mandar dois pares de sapatos lá para fora, primeiro ainda se pensou em simplesmente manda-los pela varanda,mas lá chegar revelou-se impossível,eram zonas vip bem vigiadas,então o plano b foi posto em prática, um dos que lá estava dentro ficava descalço enquanto outro vinha cá fora com os sapatos escondidos na cintura e assim foi, a risada e o disparate de tudo foi brutal,mas na realidade acabámos todos lá dentro e não pagámos para entrar

A disco era muito louca,com varias areas com som distinto,acabámos por ficar no ultimo andar,um terraço ao ar livre com o melhor som da disco, por curiosidade uma bebida custa á volta de 15 dolares

Fomos embora já bem tarde com os pés a doer,dancei a noite toda com uns sapatos que não eram meus lol, desesperámos á espera do Deuce(que bosta) e fomos a pé até ao hotel,acabando assim um dia espectacular

No dia seguinte a receita foi semelhante,durante o dia fomos até à piscina do Hard Rock Café Hotel, as suas Pool Parties aos domingos são famosas, http://www.youtube.com/watch?v=u--sMG0x5-s

O Hard Rock foi o hotel que mais curti em Las Vegas,além de estar tudo decorado com preciosidades do mundo da música,entre elas a folha de caderno onde os Sublime escreveram a letra da musica Badfish, o ambiente era excelente, a area de jogo muito bacana, as empregadas lindíssimas e a piscina fenomenal,com areia a simular praia.É sem dúvida o hotel com o espirito mais jovem de todos,já prometi a mim mesmo que só volto a Vegas se tiver dinheiro para lá ficar,o hotel onde se fica contribui em muito para a experiência total

Fomos ao Stratosphere,uma torre incrível de 350 metros de altura, a vista de Las Vegas é fenomenal e a adrenalina das 3 rides no topo é de borrar a cueca ahah

De noite fomos ao The Bank a disco do Bellagio, desta vez já sem o stress dos sapatos,comprei uns de última hora.

Lá dentro o ambiente era sem dúvida o que eu imaginava de Vegas,surpreendeu-me bem mais do que o Pure,não pela decoração mas pelo total,mulheres lindas.

Para nossa sorte era o dia da competição de Pole Dancing, dança de varão tão conhecida dos clubes de strip.

Já antes tinha assistido a algumas demonstrações mas nunca desta maneira, isto podia ser um desporto por mérito próprio,com júris e manobras tal como a patinagem no gelo. Em competição perde grande parte da carga erótica e fascina pela destreza e capacidade fisica das concorrentes que fazem cenas incríveis,apesar de não ter ganho a minha atleta favorita gostei de ver a prestação de todas.

Ultimo dia em Vegas foi completamente distinto,4 de nós alugámos um carro e fomos até ao Grand Canyon.

Procurámos o Grand Canyon dos turistas,acabámos por ir ter ao nosso Grand Canyon depois de atravessar uma reserva índia, foi um destino acidental mas acabou por ser muito melhor assim.

A primeira coisa que me impressionou foi o silêncio, um silencio quase total, que juntamente com a dimensão do canyon me fez sentir pequeno e humilde,a única vontade que tive foi mesmo sentar-me a tentar absorver o cenário magnifico que os meus olhos abraçavam.

Penso que todos nós ficámos emocionados com aquele espectáculo natural, e depois de muitas fotos e de esperar pelo por do sol,voltámos para Las Vegas com uma grande sensação de bem estar,que poderia ter sido interrompida quando quase atropelámos um Cougar, um leão da montanha, um grande felino parado numa estrada de alcatrão,no meio de uma reserva índia numa planície sem fim no continente americano.

Nunca imaginei em ver um animal daqueles,mas foi como que o corolário perfeito da nossa viagem ao Grand Canyon,um sitio único.

Voltámos a Las Vegas já de noite e não tínhamos quarto pois o nosso voo era ás 6 da manhã,decidimos que não íamos dormir,sempre se poupa no hotel e sempre tinhamos o carro alugado

A ver a Strip do céu,despedi-me de Vegas, não sei se algum dia vou voltar mas fiquei feliz por ter vindo, vi duas realidades tão marcantes como distintas, uma construída pelo homem e representativa do expoente máximo da nossa loucura e outra moldada pela natureza ao longo de biliões de anos e representativa do expoente máximo da sua magnitude e beleza

Fechando os meu olhos observei os meus companheiros que já dormiam o sono de 3 dias de Vegas. O avião sacode-me até ao sono,suspiro em paz, grandes gargalhadas,grandes momentos...


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A corrida 2

´´We took this trip to Garden Grove
It smelled like Lou-dog inside the van, oh yeah
This ain't no funky reggae party, $5 at the door
It gets so real sometimes, who wrote my rhyme
I got the microwave, got the VCR
I got the deuce-deuce in the trunk of my car, oh yeah
If you only knew all the love that I found
It's hard to keep my soul on the ground
You're a fool, don't fuck around with my dog
All that I can see I steal, I fill up my garage
Cause in my mind
Music from Jamaica, all the love that I found
Pull over there's a reason why my soul's unsound
It's you
It's that shit stuck under my shoe
It's that smell inside the van
It's my bed sheet covered with sand
Sitting through a shitty band
Getting dog shit on my hands
Getting hassled by the man
Waking up to an alarm
Sticking needles in your arm
Picking up trash on a freeway
Feeling depressed everyday
Leaving without making a sound
Picking my dog up at the pound
Living in a tweaker pad
Getting yelled at by my dad
Saying I'm happy when I'm not
Finding roaches in the pot
All these things I do
They're waiting for you.´´


Fiz o caminho todo de volta,numa amalgama de kms,cactos,rectas e curvas de montanha,paisagens lindas e praias azuis,dormindo quando precisava e sempre cumprindo o plano á risca,quando cheguei a Tijuana faltava-me apenas mais um obstáculo para acabar a corrida,passar a fronteira México-Estados Unidos

Uma confusão do caraças,previ ficar á volta de uma hora na fila o que se veio a cumprir,nota negativa para os americas dentro dos jipes que a usufruir do ar condicionado nunca desligavam o carro,pivete a gasolina






Para minha surpresa não tive qualquer problema a entrar,depois de mostrar o passaporte e abrir a mala foi só arrancar e estava dentro dos States outra vez


Dormi mais uma noite em San Diego e no dia seguinte fui ver icones da cultura ocidental

Comecei por me dirigir a Newport Beach,entre San Diego e LA.

Newport Beach é tipicamente uma cidadezinha junto ao mar para uma classe social bem abastada e branca,tudo bonitinho, muito maritimo e com comercio tradicional, a razão que me levou a Newport foi só uma,é ali junto ao West Jetty, ao pontão oeste que fica uma onda icone do Bodyboard e Bodysurf mundial, The Wedge


Eu não podia sair da California sem ver ao vivo esta onda mutante,ou pelo menos ver o sitio onde ela quebra

O pontão fica no extremo sul de uma praia tipicamente Baywatch,para minha tristeza não estava a funcionar,a ondulação era muito pequena,mas foi bom sentar-me na areia e olhar para o que tantas vezes só tinha visto em filmes,foi curioso também ler as tabuletas na torre do Mitch Buchanon,entre elas a famosa BlackBall que proíbe qualquer prancha na agua das 10 da manha ás 5 da tarde no verão,por respeito aos bodysurfers.


Depois de ver The Wedge,foi altura de prestar homenagem a todos os fãs de Sublime

Fui até Longbeach a sua terra natal e tirei umas fotos em Garden Grove, que como é obvio não é nada de jeito mas para mim foi quase como ir até á Jamaica e ver onde o Bob escreveu o No woman no cry :)



Segui para Los Angeles

LA é gigantesco,poluído e ruidoso

Não me apetecia ver prédios por ver como tal escolhi 3 coisas que qualquer turista que se preze deveria ir ver

Primeiro fui ver um dos sitios mais emblemáticos para quem gosta de cinema, o Griffith Observatory



O local onde foi filmada a cena da luta de facas do ´´Rebel without a cause´´ com o James Dean

O observatório está no topo de uma colina que proporciona uma vista espectacular para LA.


O edifício e a vista são iconográficos,o que não esperava é a que a exposição no seu interior fosse tão boa,tendo em conta que o acesso era grátis para todos

Desde o Big Bang até ás longinquas galáxias, os planetas e toda a exploração espacial,juntamente com telescópios e um planetário, o Griffith faz qualquer um voltar a ser criança e sorver conhecimento sobre o espaço e donde viemos.

Sitio espectacular e muito esquecido



Em segundo fui ver o cliché que é Hollywood Boullevard

Andei pelo Kodak Theatre o local da cerimonia dos Oscares,o Chinese Theatre onde as estrelas tem as mãos no cimento e o passeio da fama

A avenida não é nada de especial,é uma armadilha para turistas com lojas de souvenirs,fast food etc,no ecrã parece bem mais majestoso,mas pronto é mais um icone giro de se ver



Em terceiro fui a Beverly Hills ver a mansão Playboy eh eh

Beverly Hills é mesmo como nos filmes,grandes mansões em que não se vê nada lá para dentro, brutos carros,árvores e relva

A mansão foi uma desilusão,não se percebe qual é devido a todas estarem tapadas com cercas gigantes,estava é espera de pelo menos uma tabuleta ou um neon,quem sabe até uma banca de merchandising para eu levar umas t-shirt para as minhas amigas ou um roupão para eu andar por casa lol

A sair de LA ainda passei por Bel Air que basicamente é igual a Beverly Hills,não vi o príncipe em lado nenhum e segui viagem até San Luis Obispo onde dormi no Hostel,ai senti que a corrida tinha chegado ao fim,não sei se ganhei mas de certeza que não perdi

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

A corrida

Desde 1967 que é realizada uma das corridas off road mais dificieis e espectaculares do mundo, o nome da corrida é a Baja 1000

A Baja 1000,apesar de algumas variações ao longo dos anos,basicamente pretende apurar o mais rápido a cumprir a distancia entre Ensenada e La Paz,aproximadamente 1000 milhas.
A corrida é dificil e espectacular porque é feita fora de estrada,num ambiente de deserto mexicano e debaixo de um sol potente.

Quando me propus na minha ingenuidade a fazer San Francisco-Cabo San Lucas em uma semana, nunca imaginei que na realidade o que eu estava a fazer era inscrever-me na minha Baja 5000kms.
Já me propus a coisas muito estúpidas e algumas até perigosas,mas nunca pensei em fazer uma coisa que fosse tão parva,perigosa,solitária,interessante,espiritual e sortuda ao mesmo tempo.


Comecei ,como sabem, por ir até San Diego e depois Ensenada,até aqui tudo bem,território confortavel, a papinha toda feita, Ensenada acabou por ser divertido,conheci malta fixe no Hostel Ensenada Backpackers e a noite de Ensenada é engraçada,apesar da cidade em si ser esquecivel

Estava bastante tranquilo no sentido em que apenas sabia qual era o meu objectivo,queria eventualmente chegar á pontinha da peninsula e voltar.
Sonhava com ir parando pelo caminho,descobrir uma onda solitária,montar a tenda na praia e desfrutar do clima e boa onda mexicana com margaritas e burritos.

Os primeiros 200kms depois de Ensenada serviram para me acordar para uma realidade,apesar da costa ter sem dúvida um potencial gigante de ondas solitárias,eu nunca lá poderia chegar, o meu transporte apesar de fiável e porreiro, não era um jipe e para chegar à costa precisava de um jipe e dos grandes.
Ficava assim reduzido ao alcatrão e a onde me levasse

Sendo assim comecei a andar a serio. Sul, a solução só poderia estar no sul,o meu el dorado esperava em Cabo San Lucas,pararia calmamente quando viesse a subir depois de ja saber quanto tempo demorei a descer,com menos surpresas a calma é mais possivel.

Depois de San Quintin,não consegui evitar e atropelei um cachorro,um momento bem triste na minha viagem, junto com a dona que chorava copiosamente assisti aos ultimos suspiros do cachorro. A senhora com bastante calma perguntou-me se estava bem e se o carro estava bem,depois disse-me que são coisas que acontecem e desejou-me uma viagem feliz
São coisas que aconteçem mas a mim nunca tinha acontecido,perturbou-me bastante e mesmo sem culpa sentimos sempre alguma

O carro estava bem apenas um pouco amolgado,como tal segui viagem

Por volta das 4:20 pm decidi parar em Guerrero Negro,Guerrero Negro é um melhores sitios no mundo para avistar baleias e aves,é um santuário natural.

Estava todo partido depois de ter viajado 620kms desde Ensenada,parando apenas para comer no meio do deserto,num posto de combustivel abandonado.



Nota para todos: Um canivete tipo suiço,muitas vezes é apenas tipo suiço, a mim nunca mais me apanham com um que não seja mesmo suiço ou pelo menos que funcione a serio.
Ficar esfomeado por causa do canivete ser uma merda não é a minha ideia de diversão.

Nota para todos 2: Quando num mapa parecer que se vai passar os proximos 300 kms num deserto e se passa por uma placa a dizer que a proxima gasolina é daqui a 250 kms, é porque provavelmente vai-se mesmo estar 300kms no deserto.
Meter gasolina sempre que possivel,a paranoia de ficar sem ela no meio do nada não é a minha ideia de diversão.

Finalmente em Guerrero Negro fiz uma coisa que deveria ter feito ainda antes de sair de São Francisco, comecei a fazer contas e a planear.
Se tinha feito 620kms num dia,mesmo tendo em conta que não fui o mais rápido que podia ir,sai tarde e parei cedo, levou-me a concluir que se queria fazer o trajecto todo antes de quinta feira (último dia do seguro mexicano) tinha que conduzir pelo menos 700 kms por dia

Valia a pena? queria mesmo ir até lá abaixo e voltar?
Pensei em desistir mas se desistisse nunca saberia, o meu sonho de descer a California nunca estaria a 100% completo e apesar de eu poder sempre dizer o que quissese e nunca ninguem saberia a verdade,eu tambem nunca saberia a verdade
Tinha que ir,nem que fosse para provar a mim mesmo que para cumprir sonhos o sofrimento faz parte do jogo
Além de que quem se não eu para cumprir objectivos tão parvos



Então a corrida começou

As regras eram, acordar ás 6am e no máximo conduzir até ás 6pm,não queria conduzir de noite

Não podia passar dos 140 kms\hora, não que ás vezes não quisesse ou o carro não os desse, mas tendo em conta que o limite oficial na Baja Highway 1 é de 80kms\hora, a estrada tem uma faixa para cada lado, não há bermas, há animais na estrada, camiões e ciclistas, 140 já era uma velocidade considerável.Havia outros dois factores associados à velocidade, o meu medo do desgaste mecanico e o cansaço fisico e psicológico de estar sempre concentrado

Teria que controlar os reabastecimentos com cautela,não é incomum estar centenas de kms sem ver uma bomba de gasolina
Teria que ter sempre ao meu lado água e comida façil de comer ao volante,queria parar o menos possivel

Teria que gerir 4 cds de música,os únicos que tinha, e eram de música normal,não mp3,o que durou meio dia,a partir dai phones nos ouvidos e 2 gigas da pen.

Iria seguir o plano de dormidas,sendo que optei por não acampar visto que desconhecia o terreno e já que iria passar os dias praticamente todos ao volante que o meu pequeno luxo seria dormir bem

E acima de tudo manter o sentido de missão, ter a boa disposição em alta e não deixar que a solidão e o cansaço fisico me fizessem desistir, estava nesta corrida para ganhar
As baleias em Guerrero Negro nem vê-las,não era a sua época,como tal segui viagem cumprindo as regras,logo ás 6 e 30 da manhã e a fundo.
Objectivo Cabo

Foi um dia duro,penso que o mais duro de todos

Um calor abrasador,distancias estúpidas que confundem a nossa dimensão portuguesa
é incrivel como se pode estar numa estrada e passar mais de uma hora sem ver um carro,pessoa ou animal,pela primeira vez na minha vida posso dizer que me senti mesmo sozinho,sem telemoveis,companhia,internetes nem nada,apenas eu,os meus 4 cds, o ponteiro da temperatura da água e o do nivel da gasolina, a correr em frente num faroeste de perder de vista.

Depois de mais um interessante momento a tentar poupar gasolina para não ficar apeado vejo pela primeira vez o Mar de Cortés,ver o mar depois do deserto é uma sensação linda,para mim foi sentir um conforto imediato,olhar para o mapa e ver q ainda falta bastante para o meu objectivo é menos mau quando se têm uma massa azul a brilhar ao lado.
Chegar até La Paz foi extenuante e as dores de pescoço já eram muitas,parecia que não conseguia posição confortável,o cansaço era crescente mas estando o Cabo a 200kms fiquei outra vez motivado e lá segui

Não sei o que esperava encontrar em Cabo São Lucas,sabia que é um dos destinos preferidos do springbreak dos americanos,sabia que tinha resorts de luxo e praias paradisiacas,água quente e boas ondas ou seja um perfeito sonho

À saida de La Paz nota-se que o ambiente já é bem diferente,o deserto dá lugar a uma vegetação tipo selva e o ar é bem mais humido, o caminho leva-nos de volta á costa do pacifico e é bem bonito,passei pela aldeia de Todos os Santos e curti a atmosfera,para quem conhece fez-me lembrar Pipa,no Brasil,dai até ao Cabo são uns 100kms quase sempre a ver o mar,praias de areia bonita e ondulação interessante.
O sol estava quase a por-se e tendo em conta que eu não fazia ideia onde ia dormir fiquei cada vez mais ansioso para chegar, a minha pilha fisica estava a esgotar-se tambem

Chegar ao destino poderia ter sido uma euforia,poderia ter sido uma alegria,uma chuva de margaritas e descanso a ver o mar

Mas não foi

A pior hora de toda a minha viagem começou no momento que entrei na area urbana de Cabo San Lucas, parecia Tijuana mas com praia,que nem vi pois a barreira de barracas primeiro e arranha ceus depois tapavam qualquer vista maritima, sinalização era inexistente e o transito e confusão nem me deixavam perceber para onde é que eu queria ir, e naquele momento o único sitio para onde queria ir era mesmo para um hotel,pousada,hostel o que quer que fosse onde pudesse pousar o corpo e largar o volante.

A raiva começou a apoderar-se de mim e as lombas constantes onde raspava com o carro quase que me fizeram chorar
Que lodo é este?

Vi uma especie de telepizza,parei o carro e refugiei-me no seu interior,tentei acalmar a raiva,a desorientação e o cansaço pedindo uma pizza,abri o lonely planet,tal biblia, em busca de uma solução,não demorei mais de 10 minutos a vê-la no mapa
: Amigo quiero una caja para llevar la pizza e como é que saio desta terra maldita em direcção a Todos os Santos?

Não quis saber e já de noite cerrada voltei à estrada que uma hora antes me tinha levado ali, se por um lado estava completamente desiludido,por outro o espirito de missão estava a 100%, porque aquele momento provou que esta viagem era muito mais do que eu curtir na praia á sombra de um coqueiro,esta viagem era a viagem em si,o destino era só um pretexto

Veio provar tambem que realmente ''the masses are asses'' a Baja nunca será o Cabo,a Baja,pelo menos a minha,é o open space da estrada aberta, a humanidade dos locais, a resistência do espirito humano,os controles militares com a tropa mais simpática que já vi, as milhares de ondas que nunca irão ser surfadas,porque ali há mais ondas do que alguma vez poderá haver surfistas, o deserto e o calor, os cactos do faroeste e o Beep Beep e o Coyote que eu juro que vi

A Baja para mim foi tambem,todos vocês em quem eu pensei enquanto passei as horas mais solitárias da minha vida atravessando o nada,afastando o medo de uma avaria ou um despiste empoeirado.

Quando me deitei finalmente nessa noite,tinha feito 1000kms de rajada,doia-me o corpo e de tão cansado até alucinei um pouco antes de finalmente entrar em sono pesado

Quando um sacana de um galo me acordou por volta das 4, só pensei, a corrida...vai a meio

Pelo menos tenho pizza para o caminho :)

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

San Francisco- San Diego-Ensenada

Sai de Daly City por volta das 9 e meia da manhã,isto depois de ter sido uma noite de quarta feira clássica,ou seja começar uma viagem de ressaca é sempre bom e os médicos aconselham
Estabeleci como velocidade de cruzeiro umas 80 milhas por hora,sendo que algumas vezes ia até ás 90 e já me estava a esticar.
As highways são boas mas as europeias são melhores,melhor sinalização,melhor pavimento e melhor disciplina de faixa. Além de que temos mais e melhores estações de serviço
No entanto cruzar este país de carro é fantastico,aliás cada vez acho mais que para ver bem um país tem que ser de carro,leva-se grandes tareias ao volante mas consegue-se apreciar a paisagem e as suas mudanças.
A ideia com que fico de ter feito este bocadinho (tendo em conta a dimensão dos states), é que estes gajos tem espaço,buéeee espaço e não só tem espaço como tem paisagens brutais, imaginei o que os primeiros colonos sentiram,uma tela quase em branco onde tudo era possivel e onde o homem se sente pequenino
Houve uma parte da estrada que nunca me vou esqueçer,à volta de 200 milhas sempre em frente,uma recta gigantesca,já me doia o pé de estar sempre igual no acelerador
A partir do momento em que cheguei perto de LA a paisagem fica bem diferente e começa uma grande confusão de carros,não parei lá mas só dos arredores já deu para ver que é gigante,à vinda para cima pode ser que vá ao centro ver as estrelas no passeio, agora estava cheio de pressa.
San Diego é a tipica cidade que imaginamos que seja a California, a praia domina a experiênçia e por todo o lado se vê Barbies e Ken´s, Milfs a passear os cãezinhos, gajos musculados a correr,surfistas cheios de tattoos a ir para a praia de skate e mexicanos a cortar a relva.
Andei um pouco pela costa de San Diego à procura de ondas e encontrei altos picos,claro que cheios de malta,os melhores ficavam na zona de La Jolla (diz-se la hoya) que é uma zona de milionários.
Imaginem como seria a costa a norte do Lagide em Peniche se em cima da falésia construissem mansões milionárias a tapar a vista para o mar.
A quantidade de Ferraris,Porsches etc é incrivel,as ondas tambem,mas qualquer um de nós não pode deixar de ficar triste e imaginar como era antes da contaminação do betão
Fui almoçar a um restaurante português chamado Portugália,era um misto de restaurante-bar e era uma porcaria lol, a ementa parecia mais brasuca do que tuga e a senhora não falava português,no final lá me mostrou a ementa a sério,que era para os jantares e me disse que o filho é que falava portuga e era um alto entusiasta da nossa cultura,menos mal.
Ainda fui ao Wavehouse http://sd.wavehouse.com/ para experimentar a onda estática mas estava desligada por problemas técnicos,talvez à vinda para cima já esteja fixe.
Segui viagem para o México e mal se passa a fronteira em Tijuana o cenário é completamente diferente, a pobreza é gritante e o cheiro da ausênçia de saneamento básico tambem, penso que não é diferente de todos os outros sitios de terceiro mundo onde fui,pode mudar a lingua e o tom de pele mas na condição de pobre o ser humano é todo igual.
Para nós grandas meninos da europa e estados unidos, a primeira hora é um pouco de choque,habituados que estamos ás nossas regrazinhas e logótipos e segurança corporativa, mas lembrando-me de experiências passadas meti o chip do tásse bem e lá fui eu andando sempre junto ao mar.
Altas ondas pelo caminho, invasão de construções na falésia e muitos carros americanos
Neste momento estou em Ensenada, cidade costeira com um porto que recebe cruzeiros,portanto imaginem Albufeira ou Vilamoura,mas no México e com ondas, a primeira impressão não foi muito positiva mas neste momento estou no Ensenada Backpacker que é muito bacano,fui jantar a um restaurante pequenino e muito bom e devo ir beber um copo para testar Vilamoura.
Amanhã não sei :)
Quando chegar a San Francisco edito estes posts com fotos,por agora levam só estes discursos longos e chatos,tipicos de quem está sozinho e sem nada para fazer eh eh
Arriba!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Viva lo Mexico


"South, goin' south, check us out we're goin' south South, headed south, check it out, we're goin' down
South, goin' south"


Começa hoje a minha descida,o objectivo é guiar desde São Francisco até Cabo San Lucas Mexico,sozinho e sempre junto ao mar
Veremos que aventuras me esperam :)

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Folsom Street Fair


São Francisco tem fama de ser a capital mundial dos gays e lésbicas, mas mais do que isso confirmo que é a capital mundial da liberdade sexual , pelo menos do mundo que eu conheço.
Este fim de semana realizou-se o Folsom Street Fair.


A feira realiza-se todos os anos desde 1984 e pretende ser a maior feira mundial de produtos de cabedal e parafernália SadoMaso.
Como se não fosse curioso o suficiente, a feira realiza-se em plena rua Folsom, o transito é cortado e a rua transforma-se com concertos,bares, bancas de sex-shops,produtoras de filme porno, clubes sadomaso e milhares de pessoas.

A presença da comunidade gay é inegável,são bué e basicamente estão se a cagar para as moralidades da sociedade dita normal, o que faz com que se presencie situações caricatas
O ambiente é festivo e mesmo para heterosexuais como nós nunca há a sensação de se estar a mais,apesar de ser preciso espirito aberto :)



É o tipo de evento que seria impossivel de presenciar em Portugal e mesmo para aqueles que nunca pensaram em experimentar qualquer comportamento sexual que fuja à norma,tem de concordar na importância da liberdade de escolha que esta feira promove
Quanto a mim, diverti-me,choquei-me um bocado,fiquei curioso,gozei e ri mas sem dúvida que vim mais tolerante Quanto a fotos admito que foram escolhidas com cuidado,este é um blog de familia e não quero perverter criancinhas nem chocar velhinhos, mas para todos os voyers incluindo o Goncalo, deixo aqui algumas das possiveis



Além de que sexo na rua sem ninguem ligar nenhuma? Só na America...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Na feira popular comia sardinhas...

Sábado acordámos cedo com um destino definido, fomos ao Six Flags, um parque de diversões mesmo à americana
Já não ia a um parque de diversões há muitos anos e nunca tinha andado em montanhas russas a sério portanto foi com grande entusiasmo que aderi a essa possibilidade.

O Six Flags de Vallejo é um dos parques de uma cadeia de parques que abrange o território americano http://www.sixflags.com/ , é um parque que conjuga as montanhas russas e diversões clássicas com espectáculos tipo Zoomarine,oferecendo assim diversão para toda a gente



Golfinhos e tal é giro mas o que nós queriamos mesmo era adrenalina e ali tivemos uma dose considerável :)
No inicio estava apreensivo mas mal desci a primeira parte da Medusa,fiquei eufórico,sentir as forças G e a velocidade torna-se viciante

Roar
Medusa


Terminal Velocity

Voodoo


No final do dia fiquei cansadissimo tanto em termos fisicos por andar em pé o dia todo como em termos mentais, a adrenalina e as descidas e subidas deixaram-me entre tonto e enjoado,mas no geral foi mais um dia em cheio

Na feira popular comia sardinhas,aqui come-se hamburguers carissimos e baldes de coca-cola, não há carrinhos de choque nem comboios fantasma mas as crianças,eu incluido,continuam fascinadas pela magia da feira